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COMENTÁRIO I filme: a máquina de memórias.

  • vanessataiszimmer0
  • 14 de mar. de 2022
  • 2 min de leitura

No filme a máquina de lembranças, o psicólogo Gordon apresenta um aparelho capaz de atingir memórias já esquecidas e reproduzi-las para a própria pessoa ou até mesmo outros através de uma tela.


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Sam Bloom, personagem que perdeu o irmão em um acidente de carro, está em busca de relembrar as últimas palavras no momento da morte.Sabemos que o Gordon (o psicólogo pesquisador) é atormentado pela perda da filha e isso o motiva a cultivar lembranças de momentos com ela. De início, os participantes do estudo parecem ser aleatórios porém ao longo do filme nos é mostrado que foram escolhidos devido aos seus traumas.

As memórias que foram ativadas provocam estados angustiantes nos participantes. Em alguns diálogos relatam sentir-se quebrados, atormentados e que jamais poderão conviver com o que foi relembrado. Um das participantes comete suic1d1o.

Então vem a questão: no filme, mesmo sabendo das fragilidades das pessoas, o pesquisador as leva a entrar em contato com os traumas. Fascinado pela ciência, reduz as pessoas à sinapses e conexões neuronais. Será que podemos enfrentar à força essas memórias? Gordon, tem o intuito de modificar memórias, ativar ou desativá-las. Porém ocorre com os participantes distorções entre passado e a realidade presente. Entendemos que eles não suportaram o contato com as lembranças. SPOILER: o próprio pesquisador morre em uma tentativa de apagar certas memórias.

Entrar em contato com traumas, memórias esquecidas não pode ser feito à força. As barreiras que nossa psiquê nos proporcionam estão a serviço da nossa integração com a realidade. Isso não signfica que devemos temê-las, mas sim respeitá-las. A exposição àquilo que tem um sentido de ser esquecido é perigoso caso não seja acompanhado de um processo de fortalecimento de recursos internos. No filme, os personagens que não estavam buscando esse contato entram em grande sofrimento.

O filme nos traz questionamentos acerca de limites com a própria psique, também retrata a realidade de empresas que visam o lucro acima do bem estar, entre outras indagações interessantes. Mesmo com uma "máquina de lembranças" a disposição, somos seres humanos, com psiquismo que vai muito além de um cérebro, sinapses e conexões possíveis de serem localizadas.


 
 
 

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